ANÁLISE: CD Vivendo o Impossível – Sarando a Terra Ferida

Mesmo que o álbum fora lançado há mais de um ano, tem um bom tempo que não trago nada deste ministério que conquistou o Brasil com seu álbum de estreia Seja Adorado, pela MK Music, estou falando do Ministério Sarando a Terra Ferida, resolvi publicar a análise. A capa do projeto merece um comentário à parte, por conta de ser conceitual, coisa que a MK dificilmente faz em seus projetos, mas pecaram com o nome do projeto, pois não remete em nada com a música tema, mas sim com uma outra do projeto, saberás logo menos durante a análise.

Este é o quinto álbum sendo lançado pela MK Music, com solos de Lenny Cardoso, Pr. João, Ramona Freitas, Black e Polly. A produção musical contou novamente com Rogério Vieira e os arranjos vocais de Jairo Bonfim. É um álbum por todo congregacional quem conhece o ministério pelos álbuns anteriores não verá nenhuma diferença na questão musical, é um álbum de louvor e adoração de uma igreja para as igrejas.

A faixa 1 é a Deus da Família composta por Marcelo Bastos, a letra é bem importante para as famílias em todas as igrejas do Brasil, a letra diz: “Mãe não desista do teu lar, mãe o amor te faz edificar a tua casa será bendita, pai, seja o herói, pai, com fé que se constrói” a letra é forte e é um apelo para as família, musicalmente é aquele lance congregacional com a igreja, algo mais lento. Na minha cabeça a ideia é abrir um álbum congregacional com uma canção mais agitada, aquele momento de celebração, ouvindo o projeto não tem um começo meio e fim ele bem aleatório.

A música escolhida pra levar o nome do álbum, Vivendo o Impossível, é também a canção que apresentou o projeto ao mercado foi a Vivendo o Impossível composta por Marcelo Bastos e ganhou versão em clipe e lançado na mesma semana do lançamento e aqueles que compravam o CD tinham um acesso pelo QR Code ao clipe oficial que agora pode ser conferido pelo YouTube. As imagens foram captadas numa pedreira em Nova Iguaçu, e contou com a presença de todos os integrantes do ministério, a direção é de Dayane Andrade e o roteiro de Alomara Andrade. Esta traz de volta o ministério para a lembrança do público carioca e ganhou um pequeno espaço fora do Rio de Janeiro. A letra algo como: “A fornalha não vai ser meu fim. Quando a minha fé entra em ação, eu vivo o impossível”.

A faixa 4 Dança de Miriã poderia ser uma das primeiras do projeto, composição de Marcelo Bastos, é bem envolvente agitada e a igreja vem acompanhando bem com palmas e suas vozes abrilhantando a faixa. Um VAMP no final da música dá um diferencial pra fechar a faixa com alguns solos de guitarra. É com esta faixa que a capa do álbum se parece. Poderiam muito bem ter aberto o álbum com esta, mas já passou. Passos no Deserto é a faixa 11 composta por Marcelo Bastos também é uma agitada ficou bem perto do final poderia vir mais pra frente do projeto.

A faixa 5 Filhos da Aliança tem um back diferente, meio Novo Som, a letra é acima da média, foi composta por KK Pires e Danilo Gonçalves. A próxima faixa Vou sair da tenda te leva a notas menores, um lance meio messiânico em suas melodias, é diferente, precisa ouvir pra entender o conceito todo, a ideia da melodia deve-se ao fato da letra que fala sobre Isaias 54. O backing vem na mesma levada da anterior, um peso a mais que soa desnecessário para a igreja.

Exalar é a faixa 9 composta por KK Pires e Danilo Gonçalves e a faixa O Deus que me vê também da dupla levaram muito bem e ainda deixam o álbum prá cima com lindas pérolas do projeto. Na letra da primeira ouviremos “preciso me entregar, vou me expor por amor, não outro outro altar melhor que os Teus pés” e a outra “O Deus que me vê julgará a minha causa, como Ana estou esperando por justiça, o Deus que me vê, não diz que é impossível o ventre estéril conceber um milagre”, tudo em cima de letras de encorajamento, traz a Bíblia como respaldo e traz o dia a dia. É algo como o segundo projeto do grupo. O primeiro é mais worship com canções de adoração os próximos a levada de letras tem algo mais voltado pra auto ajuda.

De um modo geral eu mudaria toda a ordem das músicas pra seguir uma lógica, há muitas canções com uma mesma temática sobre o impossível e tudo o mais, a ideia das letras são ótimas, porém as melodias poderiam ter trabalhado melhor elas. Uma ressalva também por ser um projeto congregacional senti falta de canções agitadas. Os arranjos vocais não ficaram bons, Jairo Bonfim não conseguiu extrair o melhor do grupo e não entendeu o projeto. O Encarte tirando a capa que ficou muito boa, que inclusive fora desenvolvida por Regis Costa e adaptada pela MK Music.


sarando_vivendooimpossivel

Selo: MK Music
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Playlist: Deus da Família | Tudo se fez novo | Vivendo o impossível | Dança de Miriã | Filhos da Aliança | Vou sair da tenda | Bendito é o Teu nome | Meu milagre | Exalar | O Deus que me vê | Passos no deserto | Dou graças